quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vem noite...


Este absurdo de rectidão obliqua,
À espera de quebrar...
Esta angustia madura que não cessa,
O castigo de amar...

-Vem noite! Vem depressa,
Num solstício de Outono,
Carnívoro, medonho...
Vem, pomba espavorida,
Ao meu pombal sem dono,
Volúpia dos sentidos,
No quebra mar do sonho...

-Vem noite! Vem depressa,
Liquefeita em pavor,
Terror das noites suplicies,
Cúmplices desta angústia repartida...

-Vem noite! Vem escuridão,

Vaza nestes olhos cansados,  
As marcas que ficaram do amor...


1 comentário:

Margarida de Almeida Tavares disse...

Muito bonito!
A poesia é bela mesmo!
Repare numa coisa, vá ver o que se passa com a foto do seu perfil pois aparece nos seus seguidores e nos meus seguidores com erro.