sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O mar...


Se tu soubesses, como eu gosto do mar!
É mesmo descomunal, este sentimento

Que lhe devoto desde criança,
Ás vezes, loucamente,
Apetece-me abraçá-lo,
E então, lanço-me nele,
Sem que jamais consiga,
Pobre doido, prendê-lo
Na cadeia incompleta dos meus braços...
Mas ele desconhece,
Como eu o amo,
Se assim não fosse,
Estou certo, esperaria quedo,
Pelos meus abraços...
Como ele me foge, sempre
E não sei a maneira,
De retê-lo enfim,
No côncavo da mão...
Espumando em meus dedos,
Fico sentado a olhá-lo da praia,
Fixamente, como um menino triste,
A quem não querem dar,
O brinquedo preferido,
Que cobiçou em vão...


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